Ao visitar as obras da nova sede do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender nesta quinta-feira (10) a aplicação de recursos públicos em programas educacionais e a construção de universidades como forma de evitar a saída de pesquisadores brasileiros para outros países.
“Ainda tem muita gente que acha que a gente gasta, acha que estamos gastando ao fazer essa faculdade, acha que a gente está gastando fazendo apartamento para as crianças morarem. Tudo aquilo que você faz e traz um resultado benéfico para as pessoas, para o município, para o estado e para a União é investimento, e não é gasto. Não tem investimento mais barato do que investir na educação”.
A nova sede do Impa, localizada na região portuária do Rio, irá abrigar o primeiro curso de graduação do instituto. O governo federal destinará R$ 16,7 milhões para a criação do curso. Os estudantes serão selecionados a partir do desempenho na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). O curso terá início em 2024, com abertura de 100 vagas.
Lula criticou ainda o governo passado que, na avaliação dele, não contribuiu com a educação. “Não é aceitável que um país alegre, que gosta de música, que gosta de dançar, que tem esse povo maravilhoso e alegre vote em um mentiroso, em um cara que contava 11 mentiras por dia. Um cidadão que fazia fake news todo santo dia, que pregava o ódio, que pregava o desaforo e não educava, e não incentivava ninguém a comprar um livro, só comprar arma.”
PAC
Durante o discurso, Lula citou ainda o lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), previsto para esta sexta-feira (11), no Rio de Janeiro
“A Petrobras vai parar de mandar todos os dividendos para os acionistas e vai mandar parte dos dividendos para transformar em investimento para produzir mais gás, mais óleo, mais gasoduto e produzir mais conhecimento científico e tecnológico”, disse o presidente.
Estão previstos R$ 240 bilhões para os próximos quatro anos em áreas como transportes, energia, infraestrutura urbana, inclusão digital, infraestrutura social inclusiva e água para todos. Outras áreas como defesa, educação, ciência e tecnologia também devem estar incluídas no novo programa.