VAR, câmeras, chip e raio infravermelho estão em caráter experimental
As polícias paulistas estão cada vez mais equipadas com as mais modernas tecnologias existentes e a Polícia Militar já está se atualizando com a implantação do Video Assistant Referee (VAR). A nova ferramenta de inteligência começou a ser avaliada, em meados de junho, nos Testes de Aptidão Física (TAF) para ingresso na instituição.
Além do VAR, câmeras, chip e raio infravermelho também passaram a ser utilizados durante as provas aplicadas. O objetivo é dar mais transparência aos resultados, uma vez que o assistente de vídeo poderá ser acionado pela administração caso haja a necessidade de reavaliar a execução de algum exercício.
A novidade foi testada pela primeira vez no TAF para o concurso público da Academia de Polícia Militar do Barro Branco (APMBB) e também foi usada na Escola de Educação Física (EEF) da PM, nos dias 17, 18 e 30 do mês passado e no último dia 1º. Divididos em quatro turmas, entre o período da manhã e da tarde, foram avaliados 1.800 candidatos que disputam 190 vagas.
“Essa foi uma contratação específica para esse concurso. Agora, avaliaremos os pontos fortes e fracos e vamos sugerir que seja contratado para os demais TAF. Se for autorizado pelo Comando Geral, tentamos contratar já para os testes do segundo semestre”, explicou o capitão Honorato, chefe da Seção de Treinamento Físico da EEF.
Todas as provas são gravadas por meio de câmeras posicionadas estrategicamente em diversos pontos, a fim de captar cada movimento executado e o desempenho dos candidatos. “Assim, é possível corrigir algum exercício, caso necessário, e isso aumenta a precisão nos resultados”, ressaltou o oficial.
Além das imagens, a PM também passa a contar com o auxílio de um sensor infravermelho, para indicar o tempo marcado na corrida de 50m, e chips fixados aos tênis durante a corrida de 12 minutos. Na prova de natação, um relógio digital indicará o tempo de cada bateria. Além disso, já é usado o estadiômetro digital para medir a estatura do candidato, aparelho que permite obter mais precisão que a fita métrica.
Caso a utilização das novas ferramentas seja aprovada em sua totalidade, a PM paulista será a primeira polícia do país a utilizar essa tecnologia de forma completa. “Essa ferramenta traz muita transparência e lisura para o concurso, além de uma prestação de serviço melhor ao candidato”, concluiu o capitão.
Concurso em andamento
Os 1,2 mil candidatos participam do concurso público que irá selecionar 190 alunos-oficiais para atuar em todo o Estado. O certame é composto por quatro etapas que consistem em prova teórica, avalição médica, psicológica e física. Essa última fase é composta por provas de flexão e extensão de cotovelos na barra fixa (masculino) e isometria na barra fixa (feminino), abdominal, corridas de 50m e de 12 minutos e natação.
Ao final do concurso, os aprovados terão como atribuição principal a gestão e comando da tropa, bem como a busca de soluções para os variados problemas pertinentes às atividades jurídicas e administrativas de preservação da ordem pública e de polícia ostensiva.