Sem
assumir a grande crise financeira enfrentada em toda sua existência, o Grupo
Globo definitivamente vendeu sua Gravadora, a Som Livre. Em meio a uma pandemia
mundial, mesmo após demitir diversos atores e profissionais da casa, a família
marinho se nega a assumir a situação de crise vivenciada atualmente pelo grupo.
Ainda que tenha dito que o mercado fonográfico brasileiro continua em
crescimento e dando bons resultados, o grupo anunciou no ano de 2020 a venda de seu Selo
Musical.
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A
Globo anunciou nesta quinta-feira (1) que fechou um acordo para vender a
gravadora e desenvolvedora de talentos musicais Som Livre para a Sony Music
Entertainment.
A Som
Livre foi fundada em 1969 com o objetivo inicial de lançar as trilhas dos
programas da Globo. Durante cinco décadas a empresa cresceu, virou uma das mais
importantes da música brasileira e ajudou a revelar e construir carreiras de
artistas como Djavan, Rita Lee e Novos Baianos.
Jorge
Nóbrega, presidente executivo da Globo, explicou que a decisão de venda faz
parte de uma "análise detalhada do valor estratégico dos seus ativos, com
foco nos negócios que mais atendem à sua estratégia principal".
Atualmente,
a Som Livre tem um elenco de cerca de 80 artistas, que inclui Marília Mendonça,
Jorge & Mateus, Wesley Safadão, Lexa, Israel e Rodolffo, Dudu MC, Filipe
Ret e Grupo Menos é Mais. A empresa também atua em edição musical, música ao
vivo e distribuição digital.
Neste mercado
que chama a atenção do mundo, a Som Livre é um destaque. Só com conteúdo
nacional, ela é terceira maior gravadora do Brasil hoje, atrás das
multinacionais Sony e Universal e à frente da Warner Music.
A Sony Music Entertainment é uma empresa dos EUA que
pertence ao conglomerado japonês Sony.
Segundo a
empresa americana, a "Som Livre se tornará um centro criativo independente
dentro da Sony Music que continuará a contratar, desenvolver e promover seu
próprio elenco de talentos." Marcelo Soares continuará como CEO da Som
Livre.
A conclusão da aquisição está sujeita às condições regulatórias e de fechamento que incluem a aprovação do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
A Globo já havia anunciado em novembro que tinha
iniciado estudos para a venda da Som Livre.
"A
Som Livre é um negócio extremamente sólido e rentável. Há dez anos, fez uma
grande e bem sucedida mudança em seu modelo de negócios, migrando seus
investimentos para a gestão de talentos, e transformou sua marca numa grande
potência do seu segmento, com atuação em várias plataformas", disse Jorge
Nóbrega no comunicado em novembro.
Jorge
Nóbrega explicou em novembro que a Globo vem fazendo uma análise detalhada do
valor estratégico de seus ativos, com foco nos negócios que mais atendem à sua
estratégia principal.
O
executivo ressaltou que a venda não significa que a música deixa de ser
relevante no portfólio da empresa. Ele destacou a cobertura de festivais como
Rock in Rio e o Lollapalooza, canais por assinatura, como BIS e Multishow, e
programas como os da família The Voice, TVZ, Música Boa ao Vivo e outros.
Jorge Nóbrega disse em comunicado nesta quinta-feira:
"Estamos muito felizes em ter encontrado
na Sony uma nova casa para a Som Livre, um negócio que foi construído dentro da
Globo e que sempre foi muito querido por todos nós. A Som Livre produziu e
lançou músicas com a Globo por mais de meio século, foi um importante capítulo
na história da Globo. Nós queríamos assegurar que esse acordo preservasse tudo
que a Som Livre representa para os brasileiros. Desde o início das conversas
percebemos um alto nível de profissionalismo, interesse e respeito vindos da Sony
Music, que fizeram dela a combinação perfeita para a Som Livre. Desejo à Som
Livre e à Sony muitos mais anos de sucesso". Finalizou.