Por Jornalismo:
Nesta última terça-feira (23), a Polícia Civil prendeu a mãe
do acusado de matar, queimar e enterrar Stefania Monteiro de 37 anos, no final
de 2020 no Sul de Minas Gerais.
Segundo a Polícia, a mãe do acusado também é suspeita
de participar do crime. Ela tinha um mandado de prisão expedido e se apresentou
à Delegacia de Polícia em Passa-Quatro/MG.
De acordo com o Delegado Bruno Cunha, a mulher de 60
anos de idade confessou que o corpo da vítima foi carbonizado no quintal de sua
residência. Ela disse ainda, que ajudou com um latão utilizado no dia do
assassinato.
Atualmente, o ex-companheiro de Stefania Monteiro e o
pai do autor do crime se encontram presos.
A Polícia disse ainda que um quarto suspeito, que
auxiliou na reconstituição do assassinato, também se encontra preso.
O Delegado responsável pelo caso comentou a prisão:
"Ela é mãe do suspeito pelo homicídio, que já havia sido preso junto com o pai no início do mês de março. O crime, além de violento e cruel pelas agressões sofridas pela vítima, também tem detalhes sórdidos e contou com a participação da família do ex-companheiro, além de outro investigado que já está preso. Cada envolvido, na medida com a participação no crime, será devidamente indiciado ao final do inquérito”, disse Bruno Cunha.
Relembre o caso
Na última sexta-feira (05), um homem procurado pela polícia, foi preso na cidade de Osasco-SP (Grande São Paulo), por ser considerado suspeito de matar, carbonizar e enterrar o corpo de uma mulher, na cidade de Passa Quatro-MG no Sul de Minas Gerais.
Segundo a Polícia, Stefania Monteiro de 37 anos, vinha sendo procurada pela família desde o mês de dezembro de 2020. Na época, seus familiares teriam estranhado sua ausência nas festividades de final de ano. Até a prisão do principal suspeito de cometer o crime, as investigações corriam em segredo de justiça.
De acordo com as informações, Renato Franca Silva de 30 anos, foi preso enquanto visitava um filho na cidade paulista. De Osasco-SP, ele foi transferido para Minas Gerais, onde seria ouvido pela Polícia Civil Mineira.
Quando chegou a Delegacia, o homem confessou aos policiais a autoria do crime e deu detalhes de como teria cometido o assassinato.
Além de Renato, seu pai também foi preso por ser considerado suspeito de ajudar o filho a esconder o corpo da vítima.
“A investigação iniciou no dia 30 de dezembro de 2020, quando as familiares da então desaparecida procuraram a unidade de Polícia Civil de Passa Quatro. Várias diligências foram realizadas e, desde o início, tratamos o fato como homicídio. Depois de deferida a prisão temporária em razão da representação por nós ofertada ao juiz da comarca de Passa Quatro, logramos na prisão de dois suspeitos. Com a confissão, a Polícia Civil está agora justamente no local em que o corpo teria sido enterrado”, disse o delegado Bruno de Souza Cunha.
Para a Polícia, o crime aconteceu após a vítima ter tido um relacionamento conturbado com Renato, há mais de um ano. Ela era natural de Aparecida-SP, e teria vindo morar com ele na cidade de Passa Quatro-MG. Durante as investigações, os policiais descobriram que o autor do crime era casado com outra mulher e residia em Itanhandu-MG, com a esposa e um filho.
Quando a família de Stefania notou o desaparecimento, a irmã da vítima foi até a residência do casal com a polícia e o Corpo de Bombeiros. Ao chegarem no local, os militares constataram que Renato teria retirado seus pertences da residência, deixando para trás os documentos pessoais. Além disso, os policiais também localizaram pinos de cocaína espalhados pela casa.
Diante dos indícios encontrados, a polícia deu inicio as investigações. Uma campanha nas redes sociais chegou a ser realizada para encontrar Stefania. Com o passar dos dias, algumas informações mais precisas começaram a ser levantadas, quando o Delegado de Passa Quatro-MG pediu a prisão preventiva de Renato e também o seu pai.
Durante a realização dos trabalhos de Perícia Técnica no sábado (06), o laudo apontou que a vítima foi brutalmente espancada antes de morrer. Após a conclusão da Perícia, ficou comprovado que além de ser morta e carbonizada, a mulher teria sofrido diversas fraturas pelo corpo, resultado das agressões cometidas pelo criminoso.
Os dois homens, Renato e o pai foram encaminhados para o presídio de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais.
Veja o momento em que o acusado confessa a autoria do crime: