Por Jornalismo:
Quem aí nunca foi em uma festa e ouviu uma música
chamada Robocop Gay ou aquela outra com o nome de Pelados em Santos, ou a conhecida
canção que fazia sátira com o nome do ator Jean-Claude Van Damme e os andaimes
de uma obra?
Pois é! Há exatos 25 anos o Brasil dava Adeus a uma das
maiores bandas de Rock da história. Os Mamonas Assassinas.
A banda foi formada na década de 1990, por cinco jovens
de Guarulhos-SP, que antes da origem dos Mamonas Assassinas, tinham uma banda
com a mesma formação, mas com o nome de Utopia, que possuía letras mais sérias,
inspiradas em grupos como o Legião Urbana e outros internacionais. A Utopia
chegou a lançar um disco. Mas esse não obteve qualquer sucesso. O tempo passou,
e em entre uma gravação e outra, o sucesso promissor foi descoberto.
Em um determinado dia, o vocalista Dinho, procurou o
estúdio do Produtor Musical Rick Bonadio com o objetivo de gravar algumas
músicas para um churrasco de final de semana. No dia escolhido pela banda,
Bonadio não se estava presente. Mas ficou sabendo das músicas no dia seguinte,
quando um assistente mostrou a ele as gravações de Dinho e sua trupe.
Logo de cara, o Produtor Musical enxergou o potencial
que aquelas músicas tinham de se tornar um fenômeno. Otimista, Bonadio procurou
por Arnaldo Saccomani (produtor musical), que o ajudou a introduzir os meninos
de Guarulhos-SP no mercado fonográfico.
De Utopia, a banda virou Mamonas Assassinas, e com seu
disco lançado, em menos de um ano conquistou o Brasil chegando a vendagem de 3
milhões de cópias de discos vendidos. Na época, o grupo era disputado na grade
de programação das grandes emissoras do Brasil. Inclusive, uma delas chegou a
manifestar o seu interesse em realizar um contrato de fidelidade com o grupo.
No ano de 1996, a banda planejava uma turnê pela
Europa, e partiria para Portugal no dia 3 de março. Mas infelizmente, um
trágico acidente mudou a história dos cinco meninos. Na noite do dia 2 de
março, o Jatinho da banda partiu de Brasília-DF com rumo ao Aeroporto Internacional de Guarulhos-SP.
A viagem era para ser como muitas outras já realizadas pelo grupo. Mas após se
aproximar do solo do aeroporto, o piloto da Aeronave precisou arremeter o vôo,
vindo a se chocar com a Serra da Cantareira, matando toda a banda e tripulação.
O acidente
vitimou o vocalista Alecsander Alves (Dinho), o tecladista Júlio César Barbosa
(Júlio Rasec), o guitarrista Alberto Hinoto conhecido como Bento Hinoto, o
baterista Sérgio Reis de Oliveira (Sérgio Reoli e seu irmão o baixista Samuel Reis
de Oliveira, o famoso Samuel Reoli. Além da banda, faleceram também o ajudante
de palco Isaac Souto, o segurança Sérgio Saturnino Porto, o piloto Jorge
Germano Martins e o co-piloto Alberto Yoshihumi Takeda.
Posterior a tragédia, o Departamento de Aviação Civil, concluiu que o acidente foi causado pelo próprio piloto. De acordo com o órgão, no momento em que o procedimento foi realizado, o correto era efetuar a manobra da aeronave para a direita, mas virou à esquerda, vindo a se chocar com uma grande camada de rocha e árvores.
Ainda hoje, mesmo tendo passado mais de duas décadas do trágico acidente, o grupo continua sendo lembrado e ouvido por milhões de brasileiros.