Por Jornalismo:
Na tarde de ontem (04), a Prefeitura de Cruzeiro-SP
publicou um vídeo através de suas redes sociais, onde o atual prefeito Thales
Gabriel Fonseca (PSD) e a secretária municipal de Saúde Imaculada Magalhães se
manifestaram a respeito da fase vermelha decretada nesta semana pelo Governador
de São Paulo João Doria.
Segundo
o prefeito, os números obtidos pela doença na cidade e região, são incompatíveis com a fase mais restritiva determinada pelo Plano SP.
Para
Thales, desde o início da pandemia, Cruzeiro-SP vem trabalhando com medidas
duras para conter o aumento da doença. Já para a população, a fala é
controversa, uma vez que no ano passado o município realizou eventos com um
grande número de pessoas, indo na contramão das recomendações do Ministério da
Saúde.
De
acordo com o prefeito, analisando os números divulgados na região, o correto seria
a classificação na Fase Laranja do Plano São Paulo e não a Vermelha. Em sua
fala, Thales diz ainda que irá buscar juntamente aos demais prefeitos da região, uma possível reclassificação, tanto do município de Cruzeiro-SP, bem como de
cidades vizinhas do Vale Histórico.
“Nós temos um comitê de enfrentamento à Covid-19 aqui em Cruzeiro, que dialoga com o comitê estadual, comitê regional, e nós estamos preparando todas as sextas-feiras, ou seja, amanhã, números da nossa cidade, números da nossa região para que nós possamos levar ao estado de forma administrativa e até mesmo judicial, isso a gente vai dialogar com outros prefeitos colegas aqui da região, não só do Vale Histórico, mas de toda região de Taubaté e São José dos Campos, para que nós possamos pedir essa reclassificação da nossa cidade, da nossa região e no mínimo a permanência da fase laranja”, pontuou Thales.
Além
de Thales Gabriel, outros prefeitos da região do Vale do Paraíba questionaram a
decisão do Governador João Doria. Em São José dos Campos-SP, o prefeito Felício
Ramuth (PSDB) chegou a requerer na Justiça a anulação do Decreto na cidade
através de uma liminar. Após ser protocolado, o pedido foi negado pelo judiciário.
O É
Agora esteve em contato com o Governo do Estado de São Paulo, que se manifestou
dizendo lamentar a falta de entendimento de alguns gestores municipais, o que
acaba representando uma maior preocupação política por parte dos representantes do povo, e não uma preocupação com a
saúde pública. Em nota enviada, o Governo de São Paulo diz que este é o pior
momento da pandemia.
"O Governo do Estado lamenta que alguns gestores municipais finjam não compreender a gravidade que São Paulo e o Brasil enfrentam no pior momento da pandemia em nosso país até aqui, com mais de 257 mil mortos. Prefeitos e prefeitas que se rebelam contra as determinações do Plano São Paulo estão mais preocupados com eventuais desgastes políticos e pressões de segmentos econômicos e menos com a defesa da saúde pública, o funcionamento das redes públicas e privadas de saúde e a proteção de dezenas ou centenas de milhares de vidas em suas cidades. Em videoconferência na última terça com 618 dos 645 Prefeitos e Prefeitas do estado, o Governador João Doria recebeu amplo apoio para ampliar medidas restritivas em parceria e consenso com as admnistrações locais. Em um esforço inédito na história, o Governo de São Paulo aumentou em 152% o número de vagas de UTI durante a pandemia, mas precisa da colaboração dos municípios e da mobilização da sociedade em um dos momentos mais graves e dramáticos de toda a história de nossa nação. As Prefeituras que não cumprem o Plano SP são notificadas pelo Estado e tal comunicado é encaminhado ao Ministério Público (MP) para o conhecimento e a tomada de providências. Lembrando que decretos estaduais prevalecem sobre normas editadas em contexto municipal", finalizou.